Resenha dessa semana com um livro que é a “cara” do nosso blog...
O que aconteceria se alguém misturasse George Romero com Shakespeare?
Isaac Marion nos responde essa pergunta no seu primeiro livro, “Sangue Quente”.
“Quem é esse tal de Isaac Marion aí?” você deve estar se perguntando.
Não é fácil encontrar muita coisa sobre esse cara... Isaac Marion não
Holocausto total, pandemia, fim dos tempos, juízo final. Chame do que preferir, mas aquele holocausto zumbi que vemos desde pequenos em filmes como A Noite dos Mortos-Vivos finalmente aconteceu! O mundo (não se sabe como) foi totalmente repaginado, com zumbis dominando e pessoas vivendo escondidas em parques, estádios ou qualquer outro lugar que possa fornecer uma segurança precária contra a nova ameaça.
No meio dessa confusão toda, somos apresentados para R (sim, é isso mesmo que você leu caro colega, o nome do protagonista é R, pois essa é a única lembrança do nosso amigo), um simpático zumbi preso a antigos dilemas e novas experiências/memórias.
O autor nos delicia com uma nova visão sobre os zumbis... Descobrimos por exemplo que diferente do que todos pensam, esses seres definhados podem ter alguma “inteligência” e pensam (nem todos), só que não conseguem falar por motivos naturais, como definhamento das cordas vocais. Somos apresentados ao cotidiano nem um pouco animado de um zumbi e suas devidas explicações para tal fato.
R vive em um aeroporto abandonado, junto com vários outros zumbis, que são controlados pelos “Ossudos” (zumbis tão antigos e decompostos, não tendo pele nem órgãos). Nesse aeroporto R caça com os amigos (M, amigo de R, é o zumbi mais hilário que já conheci até hoje), cuida de sua casa (um avião detonado), arranja uma “esposa” e cria os filhos (adotados).
R, diferindo-se dos outros, consegue pronunciar algumas palavras com muito esforço, em uma capacidade precária de fala.
A aventura começa, por assim dizer, quando, no meio de uma caçada, R come o cérebro de um adolescente chamado Perry. Ao comer o cérebro, o zumbi passa a ver a vida de sua vítima, como flashbacks. E isso “vicia” os zumbis (imagino que seja uma semelhança com as drogas, na visão do autor). Ao provar um pedaço do cérebro, R absorve as memórias de Perry, e é assim que ele conhece Julie, namorada do agora morto Perry e novo “amor” de R.
Não é aquele amor “mela-cueca” como o apresentado na saga dos morceguinhos-pirilampos de Stephenie Meyer, mas sim como um instinto. R acha que deve proteger Julie a qualquer custo. Muita coisa acontece ao longo da agradável leitura, mas comentar sobre isso estragaria o gosto do livro.
Esse é um daqueles livros que não devem ser julgados pela capa (apesar da linda arte presente na nossa edição brasileira, algo que comentarei em um futuro post). Muitas pessoas deixariam de ler o livro apenas por este pequeno texto na parte superior da capa.
Com esse comentário cretino na capa (antes de me matarem por aqui, SIM, eu tenho os 4 livros da série Crepúsculo e falo, é uma historinha muito idiota), eu quase deixei de ler esse maravilhoso livro. Se não fosse pela ótima indicação do nosso querido Panda Zumbi, esse seria mais um dos que passariam despercebidos pra mim. E posso afirmar depois de extensas pesquisas pela net, que não fui o único que quase deixei de ler apenas por esse comentário.
Para finalizar esse post, falo apenas que o livro realmente estourou (tanto lá fora quanto aqui) e uma versão cinematográfica já está sendo preparada e as previsões para estréia é para 2012 (atenção preguiçosos de plantão, tai a chance). Abaixo segue uma foto do ator que fará viverá (???) o R nas telonas.
E então, o que causou o holocausto? Quais são os sentimentos de um zumbi? Esse romance insípido realmente acontece? O que será do mundo agora? Ainda existirão humanos no futuro? Os zumbis reinarão ou teremos a chance da grande reviravolta? Essas e outras respostas, apenas lendo o livro!
E tenho dito...
0 comentários:
Postar um comentário